tem faltado ar, oxigênio, atmosfera nesse algo a mais que não se sabe o que,
nesse movimento interrompido...
uma pedra morta que também mata quando cai
uma teia que não desata os nós e nos atrai até a armadilha capital
essa ceia à meia noite que me tortura e tenta me degolar como uma galinha sem alma
tenho cãibras e rabanadas no natal, e muita gordura que não desgruda mais da paredes
não sei bem o que...
nesse movimento interrompido...
uma pedra morta que também mata quando cai
uma teia que não desata os nós e nos atrai até a armadilha capital
essa ceia à meia noite que me tortura e tenta me degolar como uma galinha sem alma
tenho cãibras e rabanadas no natal, e muita gordura que não desgruda mais da paredes
não sei bem o que...
pois falta saudade no amor próprio dos solitários do mundo
esses seres autenticamente cópias da melancolia própria de uma farmácia
se uma desrazão qualquer me cala
volto e procuro nos olhares já cansados, uma certa fumaça das frases de esquina
ou não sei muito bem onde...
esses seres autenticamente cópias da melancolia própria de uma farmácia
se uma desrazão qualquer me cala
volto e procuro nos olhares já cansados, uma certa fumaça das frases de esquina
ou não sei muito bem onde...
é claramente sólida a minha visão
e ao avistar a avenida em seu pleno amanhecer de cidade cão
como um vulcão latejando de piche e cimento plácido
enfio os fones na orelha e me afogo em lembranças
ouço as canções que me acalmam e que ninguém ousou fazer pra mim
lá fora o tempo passa devagar e ninguém se importa
lava-me a lava do sol da manhã a me tornar mármore e monumento de praça.
e ao avistar a avenida em seu pleno amanhecer de cidade cão
como um vulcão latejando de piche e cimento plácido
enfio os fones na orelha e me afogo em lembranças
ouço as canções que me acalmam e que ninguém ousou fazer pra mim
lá fora o tempo passa devagar e ninguém se importa
lava-me a lava do sol da manhã a me tornar mármore e monumento de praça.
marcelozorzeto
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