o vazio que consome a ausência daquilo que ainda não tenho, é o mesmo vazio que preenche a ilusão de ter aquilo que já conquistei.
Santificados sejam nossos ofensores, assim como nós magoamos a quem nos tem perdoado.
quinta-feira, 28 de abril de 2016
segunda-feira, 25 de abril de 2016
efêmero
há muito da minha morte ao sentir saudades de alguém que já se foi. pois o tempo é a chama que consome o ar e exige o efêmero de todos nós. um adeus ao ontem de sempre que é sempre morte. a minha ressurreição se dá em abraços absurdamente sinceros, sempre raros. a minha única possibilidade do eterno é o silêncio que faço pra ouvir o coração de quem tenho em meus braços.
marcelozorzeto
marcelozorzeto
quinta-feira, 14 de abril de 2016
transição
primeiro o amor
é a vida
sou criança
é o tempo
é a vida
sou criança
é o tempo
então tudo é noite
é partida
há saudade
o lamento
é partida
há saudade
o lamento
marcelozorzeto
terça-feira, 12 de abril de 2016
um chute no saco
em mim, um poema é como um chute no saco
quando pega em cheio eu me contorço no chão, chego a perder o ar, me faz até lembrar da existência divina... e se não pegar, não acontece nada!
quando pega em cheio eu me contorço no chão, chego a perder o ar, me faz até lembrar da existência divina... e se não pegar, não acontece nada!
marcelozorzeto
cuidado com o cão
a palavra que nos fere sai da nossa própria boca
verbo-projétil perdido no espaço procurando um alvo
a palavra que nos mata, é ego de certeza lasciva
um ser esférico atento em ódio por lados desiguais
verbo-projétil perdido no espaço procurando um alvo
a palavra que nos mata, é ego de certeza lasciva
um ser esférico atento em ódio por lados desiguais
a palavra que enterra, é hipócrita, crisálidas dóceis
sobre o vermelho viscoso que coagula nas artérias de deus
a palavra redenção nasce e morre em prantos de uma poesia anoréxica
nesse insalubre ar que eu respiro, e que em raro espanto extingue-se bem diante da minha miséria
sou eu mesmo o meu melhor antipoema.
sobre o vermelho viscoso que coagula nas artérias de deus
a palavra redenção nasce e morre em prantos de uma poesia anoréxica
nesse insalubre ar que eu respiro, e que em raro espanto extingue-se bem diante da minha miséria
sou eu mesmo o meu melhor antipoema.
marcelozorzeto
domingo, 10 de abril de 2016
cateterismo poético
tentou botar o coração inteiro nas palavras de seu verso
não aguentou, teve um infarto fulminante de poesia
...desfibrilador para as amarguras em 1, 2 ,3...
abre-se o peito às pressas, marca-passo em verso e prosa
é o amor tentando desentupir as artérias
...desfibrilador para as amarguras em 1, 2 ,3...
cateterismo poético para o ódio cardíaco
pontes de safena pra se safar de tanta caretice
-mas não se safa!
ouve-se um "piiiii" continuo...
marcelozorzeto
não aguentou, teve um infarto fulminante de poesia
...desfibrilador para as amarguras em 1, 2 ,3...
abre-se o peito às pressas, marca-passo em verso e prosa
é o amor tentando desentupir as artérias
...desfibrilador para as amarguras em 1, 2 ,3...
cateterismo poético para o ódio cardíaco
pontes de safena pra se safar de tanta caretice
-mas não se safa!
ouve-se um "piiiii" continuo...
marcelozorzeto
sábado, 9 de abril de 2016
sexta-feira, 1 de abril de 2016
tempo rio
passo pelo tempo como um rio pelo seu leito
caudalosamente e tenro
escorro por horas estreitas e xícaras de café amargo
sou como a água no fluir dos meus sonhos e tenho a flor da morte dentro do peito
corre dentro de mim sangue, inverno, margem, além de solidão
estanco os pensamentos vis, me desespero na razão dos fatos guardados do amanhã
o meu navegar nesta vida, senhora, é sem direção
no encontro com as águas do mar torno-me eterno e plácido.
marcelozorzeto
caudalosamente e tenro
escorro por horas estreitas e xícaras de café amargo
sou como a água no fluir dos meus sonhos e tenho a flor da morte dentro do peito
corre dentro de mim sangue, inverno, margem, além de solidão
estanco os pensamentos vis, me desespero na razão dos fatos guardados do amanhã
o meu navegar nesta vida, senhora, é sem direção
no encontro com as águas do mar torno-me eterno e plácido.
marcelozorzeto
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