sou como um rio, um rio de planície cercado de cidade
corro mansamente, marginal, sem tietes
todo sangue despejado em mim _ às vezes límpido, raro.
raso e profundo, belo e sujo _ opaco, reflito o concreto no meu leito, no meu peito
cercado de gente que corre, de gente que passa com seus olhos preocupados
de gente que nunca enxerga.
marcelozorzeto