quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

quando a gente se inspira em alguém pra escrever algo, as palavras não são de quem escreve mas de quem se pensou.

marcelozorzeto

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

e se quiséssemos tudo à nossa maneira? do nosso jeito?
e queremos? e se são mais de sete bilhões de maneiras e caprichos?
diferentes entre si.
mas sempre a ordem se faz de cima pra baixo. vozes são caladas em detrimento do caos das vaidades estéreis. estéricas. não calar-se é cultivar um campo de girassóis. dar as costas ao vento e sempre olhar o único astro que me guia. não gritar de volta. deus Rá.

marcelozorzeto

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

o futuro

primeiro a gente espera então ele chega e logo já passa o futuro é mesmo bem sem graça marcelozorzeto

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

honestidade

ser honesto consigo mesmo implica várias variáveis, quase sempre aquém da nossa capacidade de avaliar os fatos,  pois a gente vive se enganando por questões que muitas vezes estão muito mais profundas do que a nossa percepção da verdade pode realmente enxergar. é um auto conhecer-se continuo e corajoso.

agora ser honesto com o outro envolve moral, ética e uma bela dose de vergonha na cara, tem a ver também com enganar-se, mas num nível canalha, é o mal caratismo adquirido e isso é inadmissível pra mim.

marcelozorzeto

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

são paulo

são paulo é a renascidade do construcimento
um concretário de confinitudes
urbana cripta
enigmagnitude
cinzentação e esgotamento
nenhum rio e dois céus.


marcelozorzeto

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

está lá um poema parado na esquina

esta lá um poema parado na esquina, é madrugada, os carros passam, muitos carros, todos olham, ninguém cobiça, ninguém pergunta quanto é. todos tem medo daquele poema, ninguém o entende, então o julgam - alguém atira uma pedra, a pedra atinge o poema em cheio, o poema agora sangra na testa, o poema continua parado na esquina, o poema agora sangra e atesta, o poema agora sangra, o poema tem sangue - o poema também tem testa - o poema chora - em silêncio. o poema espera alguém. um (a) poeta talvez. a poeta e o poema... o poeta que não vem. não virá. a chuva é forte agora. o poema agoniza no agora do meio fio. cai no chão da calçada - chuva e sangue no agora - o poema não resiste. o poema vira poesia. não há Céu para poemas.

marcelozorzeto

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

rebelião

um dia todas as palavras vão se rebelar
greves de crase
crises de acentos graves
haverá motins de frases
verbos amotinados nos conjugando 
ao invés da gente num blá blá blá sem coração
sujeitos não se sujeitando
predicados sem a devida liberdade
se libertando
a palavra passarinho no céu feito nuvem
e o verbo céu, num rompante de alegria,
transbordará em asas afora, noite e dia
virgular-se poderá ser uma opção
e ao final do ponto
exclamado ou interrogativo
o espanto do amor
a declarar uma verdadeira e nova intenção
palavras perdidas num vocabulário imenso
um dicionário inteiro da solidão
hão de lagrimar em cima do papel
que molhado ao final, não será um papelão
sonhar não será mais verbo
será muito mais que isso
uma renovada dimensão
e o viver, será só para as palavras
pois a gente dessa terra
há de morrer da fome da ilusão.
marcelozorzeto
este poema É sobre a dor
mas a palavra Dor não sente
nada.

as palavras apenas MENTEM
e este poema queria muito
Chorar   pra    valer

e 1 coração em tempos de crise hídrica
leva um tempo pra chover de repente

santa Maria dos poetas perdidos
traZ de volta minha loucura
,que anda de verdade ausente
pois todo poeta é um louco que teima
em querer transformar pedra em gente.

marcelozorzeto

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

recantos

o pescador, na maré alta, se exime ao mar
troca a cansada embarcação de madeira
pelo infinito e sereno chão da areia da praia
e reza pra Iemanjá pelo sono tranquilo dos peixes

porém a onda que se quebra na pedra
quebra também o sono tranquilo do pescador
mas a fé e o sonhos são inabaláveis
quando se sabe que toda água do mar
vem das lágrimas de deus

marcelozorzeto